quarta-feira, 27 de agosto de 2014
EXAME DE PRÓSTATA É MOLEZA! O PERIGO É SE AVICIAR
Dizem que aqui se paga
O que aqui agente faz
E eu comecei acreditar
No ditado dos meus pais
No dia do acontecido
Que ocorreu comigo
Pra tirar a minha paz
Nos meus tempos de rapaz
Fazia muita coisa errada
Bulir com filha alheia
Para mim era mamada
E quando Deus me castigou
Digo a você meu sinhô
Que foi tudo d’uma lapada
Eu já passano do quarenta
Uns cinco ano mais ou meno
Comecei a me queixar
D’umas dor me aburreceno
Bem no pezim da viria
E meu amigo quem diria
Eu já tava quase morreno
Fui no medico já nas última
A pedido da muié
Nessas hora agente tem
Que fazer o que elas quer
Eu disse assim: ── eu vou
Cunversar lá com o doutor
Pra ele dizer o que é
E o danado falou lá
D’uma doença que havia
Que inflamava a prosta
E a muitos homem atingia
E sem dó nem coração
Fez por lá a marcação
Do exame pro outro dia
Êita eu fiquei disinganado
Me deu logo uma tristesa
Pois sei que esse exame
É uma baita malvadesa
Mas era o modo perfeito
E não tinha outro jeito
Nenhum modo de esperteza
No outro dia bem cedim
Com a dor no pé do imbigo
Sai cunversano sozinho
Pensano assim cumigo
Prus peste num me ver
Eu tinha que me esconder
Dos danado dos amigo
Se eles ficasse sabeno
A canaia tava armada
Fui andano muito legeiro
Só por cima da calçada
E chegano no hospital
Já quase passano mal
Fui logo dano entrada
Já tinha esquecido a dor
A vergonha era maior
Entrei na sala do médico
Por nome doutor Feijó
Que de muito educado
E também bem perfumado
Minha garganta deu um nó
Ele puxou uns assunto
Que era pra eu relaxar
Falou de time, futebol
Só pra me abestaiar
Mas me bateu o coração
Quando ele disse: ── Seu João
Podemos começar?
Tire a roupa não se apresse
Pode ficar ai em paz
Não se preocupe com isso
Porque todo macho faz
Digo a você meu patrão
Que do sarto do coração
Eu quase caí pra traz
Pensei assim comigo
Que ia me desgraçar
Mas tudo tem uma vez
E tentei me acalmar
Pensei naquela hora
É agora
Que vão me descabaçar
O medico se preparava
E eu fiquei ali pensano
Que aquilo era os pecado
Que eu tava ali pagano
O doutor com a voz macia
E ali eu percebia
Que ele tava se aproximando
Disse: ── Num vai doer nada
Num precisa se apavorar
Que eu passo um olhim
No dedo pra amaciar
Nesse momento eu sartei
Com muita raiva mandei
O doutor ir se lascar
── Que é isso seu João!?
Ele foi me perguntou
Só vou passar uma pasta
Que a ciência inventou
Que é o pro camarada
Num levar tabocada
E assim num sintir dor
Eu disse: ── doutor
Vá judiar com o capeta
Vá ingrachar o chassi
Dum caminhão de carreta
Porque no meu fio-fó
Eu quero o exame sem dó
Feito com arame de roseta
Areia, caco de vrido
Tudo isso pode butar
Mas cum delicadesa
Não sinhor, nem pensar
O sinhor passano banha
Eu vou ficar chêi de manha
E toda semana querer voltar
Assinar:
Postagens (Atom)